O Instrumento electrónico de Medição de Desempenho da oferta de
cuidados pós Violência Baseada no Género (e-IMD VBG), é uma
ferramenta electrónica concebida para orientar a implementação de
intervenções voltadas à resolução de lacunas identificadas aquando
da implementação das actividades do programa de Resposta á VBG a
nível das unidades sanitárias, observando as particularidades
existentes mediante os níveis de atenção.
O uso desta ferramenta, permite a avaliação da qualidade da oferta
dos cuidados pós VBG e partilha dos resultados da avaliação em
tempo real, a todos níveis, desde as equipas das Unidades
Sanitárias até ao nível central do MISAU.
Esta ferramenta é composta por 10 áreas, 28 padrões, 133 critérios
e 89 subcritérios internacionalmente aprovados e procura assegurar
que os cuidados oferecidos às vítimas de VBG sejam acessíveis e
humanizados.
O sistema foi desenvolvido com envolvimento de parceiros
implementadores, tendo iniciado com a versão em PHP (2018 a 2021),
migrada para a plataforma DHIS2 em 2022, com o principal objectivo
de permitir a fácil interoperabilidade com o SISMA.
O desenho dos formulários electrónicos, foi fiel à versão física
do IMD existente em formato de manual orientador.
No DHIS2, o e-IMD foi integrado ao aplicativo de captura do
rastreador (tracker), sendo que parte dos relatórios podem ser
extraídos a partir do aplicativo relatório de eventos (Event
Report) por meio de tabelas dinâmicas ou lista de registos. Para
além do relatório de eventos, foi desenvolvido um aplicativo,
usando a biblioteca ReactJS , que permite a produção de relatórios
personalizados, como a taxa de reportagem, fornecendo resultados
das avaliações com base no tipo de padrões (Básicos ou completos)
que as unidades sanitárias respondem.
Os dados produzidos com base no e-IMD, podem ser explorados em
diversas perspectivas, tanto pela equipa da unidade sanitária no
âmbito da melhoria da qualidade da oferta dos cuidados através de
implementação de mudanças imediatas, ou mesmo a nível central
através de pesquisas exploratórias que possam conduzir ao desenho
de políticas voltadas para as principais lacunas existentes no SNS
para a oferta dos cuidados pós VBG.